Nessa época do ano, as infecções de vias aéreas superiores são as principais causas de consultas médicas e faltas na escola. Isso ocorre por causa do clima instável e seco.
É preciso saber que até os 2 anos de idade, a criança terá em média entre 8 e 12 ocorrências de resfriado por ano, sendo a maioria concentrada nos meses de outono e inverno. Isso acontece porque o sistema imunológico da criança está em desenvolvimento.
Os sintomas mais comuns de um resfriado são: congestão nasal, coriza, espirros, tosse (o sintoma que mais tardiamente desaparece e o que mais preocupa os pais), febre baixa e dor de garganta.
O diagnóstico é clínico, dispensando a realização de exames de imagem, como radiografias. Exceto quando os sintomas persistem, apesar do tratamento adequado, quando, então, pode ser indicado a realização de exame de imagem para diagnósticos diferenciais.
O tratamento é simples e de suporte.
Nas crianças, é importante estar atento aos sinais de gravidade, como cansaço, falta de ar, desconforto respiratório, chiado no peito, recusa alimentar importante (inclusive de líquidos), dor de ouvido, febre prolongada (mais de 72h), prostração e vômitos. Esses podem indicar que o simples resfriado comum pode estar evoluindo para alguma complicação, necessitando de tratamento diferenciado.
Algumas medidas para amenizar os sintomas:
-Manter a criança bem hidratada. Aumente a oferta de leite e/ou líquidos durante o dia (antes de 6 meses de idade, somente o leite).
-Higienizar o nariz várias vezes ao dia.
-Manter as vias aéreas úmidas, fazendo inalações com soro fisiológico ao longo do dia.
-Manter o ambiente umidificado,
Porém atentar para não deixar úmido demais podendo causar mofos nas paredes e piorar o quadro respiratório.
-Manter uma alimentação saudável e balanceada, alimentos ricos em vitaminas.
-É comum a criança recusar alimentos enquanto está doente, e isso não deve ser um motivo para introdução de alimentos inadequados para ela. Tenha paciência, ofereça alimentos leves, de fácil digestão. Não force, pois poderá ocasionar vômitos e traumas.
-Se houver febre ou mal estar, o pediatra poderá receitar um analgésico ou antitérmico.
-Importante: nunca administrar remédios antigripais ou descongestionantes por
Conta própria!
-Tente não se assustar com a tosse, ela é sempre a última a melhorar! Além de que, a tosse é um fator protetor do organismo , tentando eliminar o que está causando a infecção!
De um modo geral, o resfriado
Não costuma ter grandes complicações, mas observe os sinais de gravidade e informe seu pediatra.
Texto por Dra. Júlia Ferreira (Pediatra do Hospital de Caxambu)